O que significa FOB?
A sigla FOB (sangue oculto nas fezes) indica uma presença oculta de sangue nas fezes que não é claramente visível a olho nu. Isto pode destacar diferentes tipos de distúrbios gastrointestinais, como pólipos, úlceras, colite, hemorróidas, divertículos e cancro colorretal. Os sinais dessas lesões costumam ser silenciosos nas fases iniciais, por isso a importância de descobrir a presença de sangue oculto nas fezes, permitindo identificar a presença de patologias no sistema gastrointestinal numa fase inicial.
A quem se destina o teste?
O teste FOB intestinal é especialmente indicado para todas as pessoas com mais de 45 anos, tanto homens como mulheres. É recomendado realizar este teste regularmente, pelo menos uma vez por ano.
Quando realizar o teste?
Verificar a presença de sangue oculto nas fezes é útil para monotorizar a sua saúde e realizar uma prevenção adequada. Esse teste pode ser feito em qualquer hora do dia e não inclui restrições especiais na alimentação diária.
Como avaliar o resultado do autoteste de FOB intestinal?
A leitura dos resultados do autoteste deve ser efetuada do seguinte modo:
Resultado positivo: Duas faixas coloridas aparecem na janela de leitura pelos sinais T (teste) e C (controle). A faixa T pode ser menos intensa (mais leve) do que a linha C. Este resultado significa que há sangue nas fezes e deve consultar um médico. Pode obter resultados positivos mesmo na presença de concentração de hemoglobina na faixa de 36-40 ng/ml.
Resultado negativo: Uma faixa colorida aparece apenas sob o sinal C (controle). Este resultado significa que não há sangue nas fezes ou que a concentração está abaixo do limite de detecção do teste (40 ng/ml).
Resultado inválido: Se não aparecer nenhuma faixa ou se houver apenas uma linha sob o sinal T (Teste), significa que não foi possível ler o resultado do teste, que deve ser considerado inválido. Neste caso não é possível interpretar o resultado do teste, que deve ser considerado inválido. Recomenda-se repetir o teste com um novo BOWEL FOB TEST e novas amostras de fezes.
BIBLIOGRAFIA
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